21 de abr. de 2011

Porque metade de mim é o que penso...

... mas a outra metade é um vulcão.

News from Verona. Adoro meu lado vulcão. Ele é, normalmente, bem melhor que meu lado que pensa. Mesmo assim, nas poucas e boas vezes que meu lado vulcão deu as caras, logo depois meu superego falou comigo... e estava bravo, insano...


Às favas, superego!!!

Percebi que Rubem Alves estava certo: a vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.

E é isso que estou fazendo... estou curtindo tudo aquilo que realmente me dá prazer. Não aquilo que os outros acham que é melhor pra mim... entendem?

Bem... para resumir... não para entender... meu lado vulcão vai aparecer com mais frequência, em todas as situações...




E como eu estou toda Rubem Alves hoje, aí vai outra frase que tem tudo a ver... “Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses”. Quem me conhece sabe que eu adoro borboletas, não pelo modismo ou pela beleza, mas pela metáfora que elas representam... as melhores situações de minha vida eu senti borboletas voando dentro de mim... é aquele frio gostoso dentro na barriga, que para mim parecem mesmo um zilhão de borboletas em revoada bailando cuidadosamente... e como é bom sentir-se assim... como é delicioso acordar vendo a manhã com cores de borboleta... só quem já sentiu sabe o que é.
Já senti borboletas com pessoas que nem estão mais comigo, ou por perto – porque só se sente borboletas com outra pessoa... é algo para ser compartilhado – mas essas pessoas se tornam especiais e para sempre no meu coração... borboletas fazem isso... e as conseqüências de boas doses de revoadas são os vulcões... ou vice-versa... porque essa questão é outra teoria tostines...

Além do show do U2, que foi bárbaro e que já comentei horrores no facebook e em todos os lugares que pude comentar, e outras baladinhas e cineminhas gostosos que participei, teve o lançamento do livro de minha queridíssima Mônica Martinez... já falei dela aqui... em 2008 fiz o curso de Redação Criativa que ela ministrava e me apaixonei... ela despertou ainda mais em mim o desejo pelo mestrado, pela leitura, pela pesquisa... e agora ela lançou um livro delicioso chamado “Tive uma Idéia! O que é criatividade e como desenvolve-la”. Já devorei quase o livro todo e, num dado momento, ela fala da invenção das invenções: a escrita. Que bom que inventaram a escrita... assim temos a oportunidade de ler! Porque ler, segundo o famoso Rubem Alves, é fazer amor com as palavras... o que pode render boas borboletas também.

Para finalizar – e olha que achei que esse post não renderia nada – quero falar de uma pessoa fantástica que “saiu” de minha vida... Profa. Ângela, minha sempre orientadora de mestrado. Ela saiu entre aspas mesmo, porque tenho certeza que estaremos juntas nessa minha caminhada acadêmica. Mas, oficialmente, ela não é mais minha orientadora por motivos que não cabem explicar. Confesso que fiquei confusa, feliz e triste, porque ela está partindo para algo melhor, mas nos deixa um vazio enorme. Eu me sentia completamente embalada por ela, que me passava tanta segurança que tudo fluía facilmente... estávamos harmoniosamente encaixadas nessa caminhada. Por isso, esse vazio vai ficar e será preenchido sempre que nos encontrarmos, seja pessoalmente, seja on-line... sucesso para ela na nova jornada e nos novos planos... e, como sempre que alguém se vai, alguém vem, ganhei um novo orientador, que veio somar a tudo aquilo que já desenvolvi com a Profa. Ângela. Ganhei o Prof. Luís Mauro, que já me deixou super confiante na primeira reunião... que venha, então, essa fase de borboletas e vulcões que será minha dissertação!

“E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também”
Oswaldo Montenegro