19 de ago. de 2009

E... aconteceu!

“Não é o fim do mundo
É só o fim de tudo que fomos nós”


Depois de 14 dias sem sequer se tocarem, a tendência é que tudo se acabasse... segundo as teorias de não sei quem, duas semanas de distância são suficientes para se esquecer, para acabar, para arrancar pela raiz... e tudo caminhava conforme o planejado. Não estava fácil... mas estava tudo combinado dentro dela mesma.


Mas quando os ombros se tocaram, numa fração de segundos, uma revoada voltou dentro dela. Se tudo parecia nada, agora era tudo novamente. Ela sentiu um arrepio intenso percorrer todo seu corpo e desejou intensamente que o mundo parasse de girar ali... não parou... a vida seguiu o curso... e o cerco continuou fechando, fechando, devagar sobre os dois ombros. Eles sentiram que o peso estava-os levando pra baixo... para o fundo... e o fundo era sombrio. E foi uma fração de segundos. E mudou o eixo da terra onde ela estava fincada.


E quando os segundos correram, e correram tão rápido, depois do caos... ela desejou uma injeção forte e potente de Chico Buarque... direto na veia...




“Meu sangue errou de veia e se perdeu”


Foi tão difícil... ela queria fazer... mas o coração não deixava... ela queria mostrar o quanto aquilo mexia com seus sentimentos... mas doía... doía olhar para ele, seu rosto iluminado... e dizer...


“Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus”


E não havia como ser mais de outro jeito... só Chico mesmo para entender...


“Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde.”


... apenas seguirei como encantada ao lado seu...

13 de ago. de 2009

Eu também não gosto...


No post anterior faltou muita coisa que também não gosto... e muitas que amo... na verdade, tenho uma versão completa... mas é melhor preservar a minha imagem...

Na verdade, hoje estou sem inspiração para escrever... espero não decepcionar muito...

Com essa história da nova gripe, eu acabei até me influenciando. E olha que eu estava “nem aí”... acredito que o pânico só piora as situações. Por isso, como bom beija-flor, fiz a minha parte e fiquei sossegada. Afinal, a gripe comum matou muita mais pessoas e ninguém comenta.

Então, eis que surge uma dor de garganta... não comentei com ninguém, mas confesso que apavorei... pensei na tal gripe... e não pensei nas consequências da doença. Mas sim no fato de virar uma leprosa... sequer poderia sair de casa... as pessoas não iriam mais querer chegar perto de mim... fiquei pensando...

Mas olhei o site da Anvisa e percebi que sequer estava gripada... era uma simples amigdalite. Ou seja, dor de garganta...

E ao pesquisar meus chakras... eureka... percebi que era isso... meu chakra da garganta estava sub-ativo.  Engoli tanto sapo, deixei de falar tantas coisas que precisava falar, que machucou... aí... garganta...

Mas já está passando...

Por hoje é só, pessoal!

 

I am the highway (Audioslave)

Pearls and swine bereft of me


Long and weary my road has been


I was lost in the cities

Alone in the hills


No sorrow or pity
for leaving
I feel

 

I am not your rolling wheels


I am the highway


I am not your carpet ride


I am the sky

 

Friends and liars
don't wait for me


Cause I'll get on
all by myself

I put millions of miles


Under my heels


And still too close to you
I feel

 

I am not your rolling wheels


I am the highway


I am not your carpet ride


I am the sky


I am not your blowing wind


I am the lightining


I am not your autumn moon


I am the night

5 de ago. de 2009

Eu não gosto de terças...


Eu não gosto do bom senso... nem dos bons modos...

Mas eu não gosto mesmo é das terças-feiras... dia sem graça, com gosto amargo... pior do que domingo...

Gosto de todo o resto... mas as terças são insanas, saudosas, impossíveis, incompreensíveis...
Eu não gosto de leveza, de “bons dias” no café da manhã, eu nem gosto de café da manhã... eu não gosto de mosquito, de inseto... não gosto...
Eu gosto mesmo é da força bruta, das pancadas, dos apertos, dos tapas... das queimaduras, na carne... profundas, suadas... dos palavrões... eu gosto mesmo é dos choques... e de jantares... mais do que café da manhã.
Eu não gosto de carinho sem propósito... de pedidos, solicitações... de mão leve... eu gosto de puxada no cabelo, arranhões, vinda sem aviso... invasão... eu não gosto de selinho, de beijo esquimó... eu gosto mesmo é de boca... beijo na boca, molhado, cheio de língua e saliva... lábios entrelaçados... mãos, braços, pernas... tudo entrelaçado...
Eu gosto dos que ardem... daqueles que agem, que acontecem... não gosto de espera, de passividade, de gente se arrastando pela vida... eu gosto de atitude... de ação... de olho no futuro... de alegria... sorrisos... espertezas... perspicácia... eu gosto de gente que é foda... eu gosto daqueles que não passam pela vida simplesmente.
Eu não gosto de lamentos... de lamúrias... de visões deturpadas... de gente que ri sem motivo... que finge felicidade... eu gosto de quem é realmente feliz... com todos os contras da vida... com toda a maré...
Eu não gosto de insônia... de nada para fazer... de rolar na cama... gente chata... eu gosto de sono pesado depois de rolar na cama, de pernas bambas, eu gosto de ficar quebrada, de sonambulismo... roncos... da noite toda...
Eu gosto de cheiro, de suor, de fluídos... da dor... do prazer... do pecado...
Eu não gosto de meia-boca... de feijão com arroz... de lagartas... eu gosto é de revoadas de borboletas... todas juntas... intensas, pegando fogo dentro de mim...
Que paraíso, que nada... eu gosto mesmo é do inferno, do purgatório, do juízo final!