30 de dez. de 2008

O último de 2008... acabou!!!




Ai... vou sentir muita saudade de 2008... foi um ano muito bom para mim... agarrei um amor por esse ano... hehehehe...


Esse foi o ano em que eu me encontrei... topei comigo e gostei do que conheci... até então eu ainda era 350°... mas cheguei aonde eu estava... encontrei minha auto-estima e bati longos papos com ela. E fomos recuperando nossa amizade, que andava um tanto quanto avariada...

Há exatamente um ano, eu percebi que precisava de mim mesma... porque aquela garota que fez a contagem regressiva em 2007 para 2008 não era eu... e fiz essa promessa naquele momento: me reencontrar!

Aqui estou!

Saí do jeans 44 para o 38... coloquei um pequeno filtro (bem pequeno porque esse lance de ser “sem filtro” tem suas vantagens) para policiar minhas bobagens... bobagens estas que muitas vezes tem fundamento, mas ninguém confessa... voltei a estudar, como é bom!... fiquei mais bonita, interessante e elegante (e modesta... huihuihui...)... melhorei como profissional... me interessei cada vez mais pela academia... mas, acima de tudo, eu senti... senti e ponto. Verbo intransitivo!

2008 foi o meu ano! Definitivamente sou uma pessoa feliz. Amo minha família, amo as pessoas ao meu redor, amo uma pessoa ao meu redor... amo meu trabalho, amo o lugar onde vivo, meu lugar, e amo cada borboleta que revoou em meu estômago... amo o som de cada música, de cada lembrança que me vem... amo o cheiro dessas gostosuras... amo... e outro ponto!

E quero mais para 2009! Mais borboletas!!! 2009 vai ser o ano do outro... vou topar cada vez mais com ele... até atingirmos o nosso 360°... que venha sempre mais!!!

Obrigada a Deus por ter me proporcionado um 2008 inesquecível!

Desejo a todos um ano novo em folha... cheio de alegria... de sentimentos... de amor... de borboletas e de esperança!!!!


Esperança
Mário Quintana


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

21 de dez. de 2008

Sapatada é pouco...

Não poderia deixar de comentar sobre o repórter que jogou os sapatos no presidente dos Estados Unidos, George W. Bush... shit!... O cara pode pegar 7 anos de prisão por causa disso... cá pra nós, esse cara tinha que ser canonizado... meu herói!!!!

20 de dez. de 2008

Balanço de final de ano

Dezembro... nossa!!! O tempo passou muito rápido!!! (Essa é a frase mais ouvida nesses dias...).
Antes de mais nada, quero me desculpar com meus leitores porque deixei esse blog encher de teia de aranha nos últimos dias... I´m really sorry!

Para vocês terem uma idéia, nem senti dezembro chegar e praticamente passar... não montei árvore de Natal, não coloquei a guirlanda na porta... está tudo enfiado no guarda-roupa... que mancada... mas foi um mês muito corrido... estou ficando boa nessa coisa de não ter tempo pra nada...

Agenda, então... vixe... está em branco... faz dias que não ponho em ordem... e acabo me esquecendo do que aconteceu... eita, vida!!!

Pelo menos alguns presentes eu comprei!!! E a melhor parte do Natal é dar presente. Confesso que também gosto de ganhar, mas dar é muito melhor! Ver os olhos de alguém que amamos brilhando de emoção e aquela sensação de que acertamos no presente... hummm... é tão bom quanto brigadeiro de colher!

Mas preciso confessar também que ultimamente não tenho gostado tanto assim do final de ano... gostaria de reunir muito mais pessoas, distribuir muito mais presentes, estar num abraço bem grande na passagem de ano... não tem sido assim... mas não posso reclamar, não!

2008 foi um ano maravilhoso pra mim... acertei na cor da calcinha na passagem... sabe que essa crendice sobre a cor da calcinha na passagem deve ter algum sentido, porque meus anos sempre são de acordo com a calcinha... então, esse ano, vou repetir a dose do ano passado. Calcinha nova, mesma cor!

Também aconselho a comer três colheres de lentilha com os pés fora do chão... não, não precisam tentar em vão voar feito Peter Pan para comer as lentilhas... basta subir em cima de uma cadeira. Não custa tentar!

Mas fala sério se final de ano não é um pé no saco às vezes... as pessoas parecem enlouquecidas em busca de um presente, os shoppings ficam abarrotados, as ruas intransitáveis, a visão do inferno! Dá vontade de desistir!!! Mas aí me lembro do prazer de dar o presente... e lá vem o espírito natalino me invadindo de novo...

E olhando a força da natureza atingindo tantos lugares, deixando tanta gente com um Natal sem Natal, não dá mesmo para reclamar... somos mais felizes do que supomos...

Enfim... tive um ano muito feliz, muito especial... graças às borboletas... que venha mais borboleta em 2009... que venha meu pôr-do-sol... sei que 2009 vai ser o ano em que vou ver o pôr-do-sol de mãos dadas... tenho certeza!

O que falta para as pessoas é sentimento... bons sentimentos... deixar-se aberto para sentir... então, eu desejo que todos possam sentir... possam deixar-se levar pelo amor, pelos prazeres... não vamos nos endurecer mais do que já estamos... vamos amar!

Se todos os seres humanos se deixassem sentir borboletas no estômago, o mundo seria muito mais feliz! Deixem-se sentir!!!!!

E vamos nos lembrar que Natal só existe para comemorar um aniversário muito especial... aniversário de alguém que pregou a paz e o amor... vamos nos amar...

Feliz Natal e muito amor para todos!!!!!

Nosso treinamento e confraternização de final de ano foi na lindíssima Praia de Tabatinga, em Caraguatatuba... um lugar lindo... um verdadeiro paraíso... vejam...







O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

Um belo dia a gente acorda e hum...
Um filme passou por a gente e parece que já se anunciou o episódio dois
É quando a gente sente o amor se abuletar na gente tudo acabou bem,
Agora o que vem depois

O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

É quando as emoções viram luz, e sombras e sons, movimentos
E o mundo todo vira nós dois,
Dois corações bandidos
Enquanto uma canção de amor persegue o sentimento
O zoom in dá ré e sobem os créditos

O amor é filme e Deus espectador!


Cordel do Fogo Encantado

22 de nov. de 2008

A “minha” história da USP


Amanhã acontece o maior vestibular do Brasil, o temido vestibular da Fuvest. Eu passei tanto tempo vivendo em função desse momento, que não posso deixar de sentir uma nostalgia quando ouço notícias sobre a Fuvest.

De fato, meu sonho era estudar na Unicamp... sempre fiquei fascinada por essa Universidade tão ligada à pesquisa... mas na Unicamp não tem jornalismo e meu “dom” para ser jornalista era maior... então, virei uma neurótica estudante tentando entrar na USP...

No meu tempo (essa frase conota já uma certa velhice... hehehehe... mas nem faz tanto tempo assim...), a primeira fase da Fuvest acontecia em dois domingos... hoje um domingo só basta... no primeiro dia fazíamos as provas de Português (que eu sempre gabaritava), Inglês, Física (que sempre me danava) e Química. No segundo, fazíamos História (gabaritava também), Geografia, Matemática e Biologia... 80 questões por dia...

Bem, mas preciso contar a história da USP. Não... não sei a história de como a Universidade nasceu e se consolidou... a história que vou contar é sobre a minha “inserção” no Universo, que passa pela USP, quer eu queira ou não...

O Jornalismo veio antes da USP... Graças a Deus!!! Na verdade, já nasci jornalista e a USP já nasceu pra mim um sonho, uma meta. Nasci com todas as qualidades que me fazem comunicadora: apaixonada pelas palavras, pela escrita, tagarela, aprendi logo a falar... escritora, mal entrei na primeira série e já percebi como a dança das letras funcionavam para formar sílabas e estas formavam as palavras... (Nota: no meu tempo as crianças aprendiam a ler e escrever na primeira série e não na pré-escola, como ocorre hoje em dia...). Antes de terminar o ba-be-bi-bo-bu (pois é... eu aprendi na cartilha PIPOCA), eu já sabia o que aconteceria com todas as consoantes e vogais... entendi como funcionava...

Amando as palavras, foi um passo para amar os livros... o primeiro que li foi “Assassinato na Casa do Pastor”... ou algo do tipo... de Agatha Christie. Como minha mãe lia muito a “rainha do mistério”, peguei um desses livros que ela deixou a toa no quarto... e foi uma viagem incrível... não entendi quase nada da história, afinal eu só tinha 7 anos, mas soube que jamais seria a mesma...

Ainda hoje eu me emociono em bibliotecas e livrarias, porque só um pôr-do-sol de mãos dadas pode ser mais tocante para a alma do que todos aqueles livros, fonte de conhecimento, enfileirados...

Bem, começar a escrever freneticamente foi fácil... e daí comecei a ganhar concursos de redação, inclusive um estadual, quando estava na 4ª série. Apesar de achar que minhas histórias não tinham nada demais, derrotei cerca de 3 mil estudantes com minhas escritas. E os professores e diretores passaram a dizer que eu nascera para ser jornalista, porque além de escrever bem, eu tinha um espírito contestador e questionador... eu sabia analisar as situações... observava e agia sempre...

Mesmo assim, eu ainda achava o jornalismo um tanto estranho... “ir para a guerra, para o meio do fogo cruzado, lidar com bandidos, correr riscos... sei não...” Pensei em fazer Letras, Direito... mas a paixão não tem jeito... acontece!

Apaixonei quando fiz um jornal experimental no colégio e nunca mais larguei esse mundo, vasto mundo! E cadê a USP nessa história?

A USP me escolheu para ser sua escrava... não me lembro onde, como, por que ouvi esse nome pela primeira vez, mas para mim faculdade de jornalismo virou sinônimo de ECA, a Escola de Comunicação e Artes da USP. E vestibular era Fuvest...

Coloquei três anos de estudo em prol desse objetivo e, apesar de passar na Unesp anos seguidos, desistia para tentar USP mais um ano... e nada! A ansiedade, a baixa auto-estima, a pressão de todos dizendo “você é muito inteligente, tenho certeza de que vai passar!” e a decepção quando eu não conseguia, o medo, o meu passado (sempre assombrando), tudo isso, me fazia paralisar na prova, a ponto de não conseguir o óbvio... é certo que fazer aquela prova de Física e Química da Fuvest era desumano e cruel... mas eu teria feito muito melhor se não fosse meu abalo emocional da época...

Bem, me conformei com a Unesp... Bauru... 4 anos. Mas o fardo da USP me acompanhou... eu sonhava com a ECA... Um dia, num Congresso da FFLCH, fui visitar a ECA... tive vontade de chorar de desgosto! Um lugar horrível, sujo, que passa um má impressão... cheio de bichos grilos... uspianos donos de conhecimento que ninguém mais tem... COMUNICAÇÃO!!!! Cadê???

Mesmo assim, ainda tinha o sonho... esse ano resolvi fazer pós-graduação e tinha que ser na USP... vamos lá, realizar o sonho! No dia da matrícula foi cômico... procurei pelo anexo 10 da ECA, onde deveria estar a secretaria do curso, e achei uma pedra, um boteco e mato, tanto mato que dá para desovar um corpo e jamais ser encontrado (prestem atenção, homicidas!). Olhei ao redor da pedra e achei que poderia haver uma passagem secreta, um botão que apertado abriria a caverna do Batman... fui perguntar no boteco, onde parte dos atendentes fritavam calabresa, o que impregnava o ambiente acadêmico com o cheiro de mercadão, e outra parte jogava bilhar. Descobri que era ali, ali mesmo, o anexo 10. Olha só! Original... calabresa, bilhar, Xerox e secretaria da pós... viva o socialismo!

Mas nada se compara às aulas, uma bagunça, e os alunos, pseudo intelectuais que se masturbam o tempo todo pensando “eu sou uspiano, o ser mais inteligente do planeta. E não sei me relacionar com os outros, porque sou bom demais”. Na teoria, eles são really, really good! But... saindo dos muros da Cidade Universitária para o mundo capitalista burguês cruel, eles são como seres humanos no mundo dos tiranossauros Rex... poor guys!

Assim, não sei de onde eu tirei esse sonho estapafúrdio de estudar na USP... eita desejo mais imbecil! Enfim... mundo, eu estou lá, eu posso, e sou parte... sou melhor, na verdade... uma mistura perfeita (como caipirinha) da nerd, inteligente, intelectual, que ama os livros, mas sem deixar de ser a little fútil, vaidosa, feminina, amante de revistas de beleza, feliz, de vez em quando bebum, mas sempre uma ótima companhia, tanto para o seu grupo de estudos quanto para aquela balada com muita música boa... ou ainda para aquele churras! Alguém aí me convida?

Flavinha... boa sorte nessa sua fase “vestibular”... e lembre-se: o destino é caprichoso, mas ele costuma acertar!

8 de nov. de 2008

Ser feliz sempre... porque eu sou “muito”!


A linda vista da cidade de São Paulo... confesso que adoro essa cidade...

Faz tempo que não passo por aqui, né?! Mas tenho bons motivos... primeiro, para variar, estou trabalhando muito... mas também estou estudando muito e indo muito à academia... ufa! Além disso, estou revisando o livro “O Engraxate que virou PhD”... guardem esse título, porque vai ser um sucesso! Não consigo parar de ler e a cada página que viro vem uma emoção, lágrimas, risos... um mix de sensações... ainda vou falar mais sobre esse livro... no momento certo.

Muito bem... fui ao Teatro... como é bom ir ao Teatro... me sinto renovada, com espírito leve... fui assistir à peça “Os Homens são de Marte... e é pra lá que eu vou”, com a Mônica Martelli. (clique e veja um pedacinho da peça no You Tube)... E me perguntava: “o que eu estou fazendo naquele palco???” Hahahahaha... a personagem da peça, Fernanda, era eu... com todas as neuras, florais, desejos, jornalismo, paixões, chocolates, gloss, vestidos beterraba, revistas e... “não era pra ser...” Chorei de rir... e percebi como meus pitis são comuns a muitas mulheres que, assim como eu, escolheram a felicidade espontânea... Sim, eu escalaria a montanha mais alta, com o meu melhor par de sapatos de salto, com o meu gloss da Lâncome, com a lingerie mais sexy (of course!) e com o meu sorriso mais bonito, se lá estivesse o meu amor!


E por falar em amor... ah! Minhas borboletas... elas continuam povoando meu estômago sempre... me pondo em estado de êxtase... sempre, sempre...!

Quando não está aqui, sinto sua falta, sinto falta de apenas olhar pra você... e basta fechar meus olhos para sentir seu cheiro... e basta olhar pra mim mesma para ver como sou melhor depois de você. E você nem faz idéia do quanto me faz feliz... se eu tivesse que subir a tal montanha aí de cima para encontrá-lo, eu subiria de bom grado...

"O bater de asas de uma borboleta em Tóquio pode provocar um ciclone tropical em Nova Iorque." – Teoria do Caos...


É esse furacão que eu sinto quando estou com você...

Mas... e sempre tem um “mas”... chega o momento de fazer escolhas... como sempre... e eu não tenho medo mesmo de fazê-las... de que adianta subir a montanha mais alta e fazer todos os sacrifícios pelo amor se o amor não me amar como eu mereço?!... e se não me amar, não me merece... mesmo!


Essa é a música para esse momento...

À Primeira Vista
(Letra: Chico César)

Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri
Quando ouvi Prince dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei

17 de out. de 2008

Pra você... where is my hug?

I MISS YOU... AND I´M WAITING FOR YOUR WONDERFUL AND TIGHTLY HUG...

E agora, o que eu vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?

E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo

E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o "N"
Como um elo

E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
Meu prazer?
E o meu corpo está moldado com o teu?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
E que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
De novo...de novo...de novo...
(Nando Reis)

15 de out. de 2008

Esta sou eu...


E cá estou... escrevendo... fazendo aquilo que me dá um dos maiores prazeres... porque eu nasci para escrever... este é o meu domínio. Apesar de não fazer sentido no mundo em vivemos hoje... apesar de não significar quase nada... esta foi a minha escolha e terei que conviver com a dor e a delícia de tê-la feito.


Mas não é fácil ser eu... dentre todos os caminhos, meus caminhos escolhidos sempre são aqueles da alegria e prazer... aquele que me traz conhecimento naquilo que não é reconhecido...


Escolher conhecer muito sobre os incas talvez nunca me leve a Machu Picchu... mas me leva para um lugar só meu... nesse lugar eu sou feliz...


Isso não me faz melhor... pelo contrário... sou medíocre... sou igual a todos os outros... sou comum... eu achei que fosse diferente, achei que tivesse algum diferencial entre os seres... não... cai na real... você é comum...


Será? Enquanto todo mundo está se aproximando uns dos outros por interesse, para obter vantagem, blefando, jogando, chantageando... eu não me encaixo... eu me apaixono, eu acredito no ser humano, eu tenho esperança, eu tenho a minha alma intacta... tenho valores, sei quem eu sou, não tenho limites para melhorar o que está ao meu redor e sempre terei um sorriso no rosto... sempre... mesmo que meus pôres-do-sol ainda não tenham companhia...


Não... eu não sou comum... eu tenho uma raridade dentro de mim... a raridade de ainda acreditar... de ter um coração que não tem maldade gratuita, que respeita, que se alegra com a alegria alheia... que ama... esta sou eu também! Limpa... de corpo e alma...


Sempre escolhendo entre os 100 caminhos que tenho a frente... acabo sempre escolhendo investir em mim... o que adia meus sonhos... minha varanda, minhas viagens, meu Fox... e ainda assim posso estar escolhendo errado... saber, conhecer pode não significar nada... ter lido todos os livros que li, ter declamado os poemas que declamei... saber tanto sobre tanto... pode não ter nenhum sentido prático nesse mundo, onde o mais importante mesmo é saber como ganhar dinheiro... não importa o quanto você sabe, ou o quanto não sabe... vale mais saber números, cifras, bolsa de valores, investimentos do que saber que Mário Quintana eternizou esse verso...


“Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho
Eles passarão
Eu passarinho!”

Eu chego a alguma conclusão sobre tudo isso... um dia... no momento minha certeza é que eu posso estar equivocada em muitos aspectos, talvez em todos, mas ainda assim eu continuo com muito orgulho de quem eu sou...


Vou aprender a não dormir, para ficar bonita, para ler mais, aprender mais, fazer todos os trabalhos que tenho e ainda ter tempo para meus prazeres... escrever, curtir boas companhias, ver um bom filme... vou ter tempo para tudo... basta não dormir mais...


Também vou aprender a não comer mais, para emagrecer ainda todos os quilos que tenho que emagrecer... não basta todos que já perdi... precisa mais e mais... mas eu chego lá...


Dentro de mim ainda serei eu mesma... porque a alma que vive dentro de mim é intacta... essa não precisa de mudança... essa é rara... e é isso que me faz ser especial...


Para não perder o costume... não vou escrever aqui minhas novas descobertas financeiras... I´m sorry... acho muito mais prazeroso deixar aqui Clarice Lispector... essa que fala tudo por mim...



Intelectual? Não

Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que, agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade. Além do que leio pouco: só li muito, e lia avidamente o que me caísse nas mãos, entre os treze e quinze anos de idade. Depois passei a ler esporadicamente, sem ter a orientação de ninguém. Isto sem confessar que – dessa vez digo-o com alguma vergonha – durante anos eu só lia romance policial. Hoje em dia, apesar de ter muitas vezes preguiça de escrever, chego de vez em quando a ter mais preguiça de ler do que de escrever.


Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros “uma profissão”, nem uma “carreira”. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?


O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.

7 de out. de 2008

Só para que não passe em branco, como eu tenho passado...

“Deus, eu faço parte do teu gado:
Esse que confinas em sono e paixão,
E às vezes em terrível liberdade.
Sou, como todos, marcado neste flanco
Pelo susto da beleza, pelo terror da perda
E pela funda chaga dessa arte
Em que pretendo segurar o mundo.
No fundo, Deus,
Eu faço parte da manada
Que corre para o impossível,
Vasto povo desencontrado
A quem tanges, ignoras
Ou contornas com teu olhar absorto.
Deus, eu faço parte do teu gado
Estranhamente humano,
Marcado para correr amar morrer
Querendo colo, explicação, perdão e permanência.”

Lya Luft


GRÃO DE AMOR... Arnaldo Antunes

Me deixe sim
Mas só se for
Pra ir ali
E pra voltar

Me deixe sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe
De me amar

Agora as noites são tão longas
No escuro eu penso em te encontrar
Me deixe só
Até a hora de voltar

Me esqueça sim
Pra não sofrer
Pra não chorar
Pra não sentir

Me esqueça sim
Que eu quero ver
Você tentar
Sem conseguir

A cama agora está tão fria
Ainda sinto seu calor
Me esqueça sim
Mas nunca esqueça o meu amor

É só você que vem
No meu cantar meu bem
É só pensar que vem
Láia laia

Me cobre mil telefonemas
Depois me cubra de paixão
Me pegue bem
Misture alma e coração

29 de set. de 2008

Obrigada a todos que fizeram meu aniversário ser especial...


Estou sem palavras para escrever sobre meu aniversário... não é mole mesmo chegar aos 30... mas estou muito feliz...

Por um motivo MUUUUIIIITO especial, meu aniversário foi maravilhoso. Alguém que eu já sabia que era um ser humano fantástico, admirável, lindo, conseguiu me surpreender mais e fez o meu aniversário ser o mais feliz de todos os tempos... a você, amado, obrigada pelo carinho, pela sensibilidade em saber exatamente o que eu desejo... ainda falta realizar um pedido, no momento certo...

"I've been asleep for a while now
You tucked me in just like a child now
'Cause every time you hold me in your arms
I'm comfortable enough to feel your warmth
It starts in my soul
And I lose all control
When you kiss my nose
The feelin' shows
'Cause you make me smile
Baby just take your time
Holdin' me tight"



Fazendo um pedido muito importante!

Almoço de aniversário...

De novo fazendo o pedido... o mesmo pedido... o que eu mais quero...


Para mostrar o que sinto neste momento, pincei um texto que ninguém sabe ao certo de quem é, mas alguns sites dizem que é de Charles Chaplin...


Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, (sempre)
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei. (sempre)
Já gritei e pulei de tanta felicidade, (sempre)
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara muitas vezes"!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos, (sempre)
já liguei só para escutar uma voz, (quero fazer isso, nem sempre posso)
me apaixonei por um sorriso, (é verdade!!! Que sorriso!!!)
já pensei que fosse morrer de tanta saudade (sim, sim, sim!)
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo). --- esse medo ainda tenho!

Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida… (sim, sim, sempre!)
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" pra ser insignificante.


Os comentários em branco são meus mesmos... e quero frisar que o mundo é mesmo e só de quem se atreve!!!

23 de set. de 2008

Primavera... Sol em Libra... Borboletas... ah! Bem-vinda felicidade!

Pois é... o Sol finalmente entrou em Libra... e isso significa que faltam só cinco dias para meus 30... cheguei! E, de fato, não posso reclamar não! Apesar de ter tido muitas dificuldades, apesar de ter aberto mão de tantas coisas, apesar de tantas dores, sacrifícios... escolhas difíceis... eu cheguei aqui, com toda a dor e a delícia de ser eu mesma... e tendo o maior orgulho de mim!
Ainda falta muita coisa, é verdade... nem sei se vou viver o suficiente para fazer tudo que gostaria de fazer... teria que viver, no mínimo, até 200 anos... mas e daí se não der para fazer tudo?!
Como está em “Filtro Solar”...

“Talvez você se case, talvez não
Talvez tenha filhos, talvez não
Talvez se divorcie aos quarenta,
Talvez dance uma valsinha ao fazer 75 anos de casamento”

E para VOCÊ... segue “Amado” de novo...

Amado
Vanessa da Mata


Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus
Para esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus

Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer

Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina

É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você



Fotos... fotos...

Eu, Keity e Flávia na Loft... last saturday!

Família... mamãe, Patrícia, Nilza e eu...

Eu e Bibi... linda!


Eu e Gui...



Vovó... docinho de côco...



Vovô e mamãe...




Reveillon... quando minhas promessas foram feitas e provei o cumprimento da maioria delas... hehehe... tô no meio das queridas Sté e Flá...


Amo muito esse povo aí de cima!!!!!!

18 de set. de 2008

Só por hoje...

Deprimi... meu olho está com lágrimas... desculpem-me... não sei o que aconteceu... não sei em que estrada me perdi... não sei onde me perdi...
Esqueçam tudo o que veio antes... eu realmente não aprendi... não fui treinada... já disse isso... não sei jogar, não sei levar vantagem, apesar de conquistar, não possuo...
Sou eu... sempre eu comigo mesma... sem depender de ninguém...
Será que fiz as escolhas certas? Será que marquei o X no quadrado correto? Não seria melhor se conformar?
Fiz tanto, lutei tanto, abri mão de tantos queridos, de tantas estrelas, de tantas borboletas... causei dor, senti dor, me isolei... valeu a pena? Talvez valesse mais a pena ter aprendido a jogar... a enganar... a fingir... não sei...
E hoje chego a este ponto... aqui... bem onde estou e me pergunto... o que sou eu? E me sinto, como Fernando Pessoa...

“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

Cheguei aqui sem ter nada, nem ninguém... sem viagens, nem pores-do-sol de mãos dadas... sem duplex, ou loft, sem passar para ninguém o meu legado... sem Fox vermelho... sem lazer ou prazer... sem espaço... sem decoração... eu comigo mesma...
E quando encontro... isn´t it ironic, don´t you think?

Pois é… não sei jogar... e sempre perco para quem sabe...
E o injusto disso tudo é que tenho o coração maior do mundo... insano para encontrar (ou já encontrei...) alguém que o mereça... injusto porque conquisto... mas não me sinto conquistada... conquistada, não mereço... não merecendo, não sei jogar para ganhar...
Injusto... porque tenho em mim o que faz uma mulher ser especial... eu sou essa mulher... 100%... mas não conquistada... escolhi meus caminhos e não permiti ser escolhida... valeu a pena? And is it just me… Or is it dark in here?
Não importa… continuo me sentindo como Fernando Pessoa… só por hoje...

“Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas –
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
(...)

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.”


Prometo que vai passar... estou só no meu inferno astral...
Além disso, vou continuar tendo em mim todos os sonhos do mundo...

17 de set. de 2008

Brain Storm... da ciência contemporânea...

Entendi! Estou no meu inferno-astral... nem me dei conta... até o dia 23 não respondo pelos meus atos librianos...

Agora aconteceu... uma pequena nuvem, muito pequena, que de fato nem sei de onde vem, paira no ar... me faz duvidar... me faz questionar... me faz sentir saudade... sinto... ou não sinto...
Hoje não tem estrelas, elas se foram cedo demais... pouco... menos da metade... quando vou ter a noite toda, inteira, completa, de céu estrelado? Quando eu menos esperar?
Meus céus estrelados... 29 céus...

Ando querendo demais, eu quero sempre mais... na verdade, verdade mesmo, eu queria ser onde minha estrela sossega a alma... eu queria sentir sua cabeça encostada em meu peito... queria vê-lo sorrir...
Oh... somente três... como se fosse possível...

My mind is still there... not only my mind, but my soul, my dream, my cherishing, my desire, my thirsty, my body… all my own… there… in that skin, like a tattoo… I´m all still there! I´m not in me anymore… and I´m afraid I won´t stay here never more!

Qual é o caminho para chegar até você? Para lhe contar?
Eu sei, eu sei... o plano era não passar de três... não ficar sério... não apaixonar...
Aconteceu! Sorry!
Ainda bem! Eu não conseguiria me entregar sem paixão... e não seria tão bom, tão pleno, tão mágico... não preciso falar... você lê meus pensamentos...
E foi tão fácil... justo eu que estive tão fechada como dedos, tão inapta para sentir qualquer coisa... tão exigente com todos...
Foi covardia! Com toda essa mágica que te envolve... com tudo que você é... lindo, inteligente, charmoso, com um sorriso fascinante e encantador, entre todas as outras qualidades off... todas as visíveis!
Soma-se a isso as qualidades que poucos vêem... pele, doce, embriagante cheiro, perfume natural que me envolve os sentidos todos... tremer e estremecer... meu céu estrelado!
Confesso!
E sempre que quiser fugir... nem precisa me chamar... já estarei aí!
Estou te esperando... vê se não vai demorar!







Já estava mais do que na hora de eu fazer meu strip-tease... e segue abaixo o strip-tease da Martha Medeiros... a-d-o-r-o!



Strip-tease
Martha Medeiros

Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás. Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.

Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis. Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou. Ele perguntou o que poderia fazer por ela. A resposta: sem preliminares. Quero que você me escute, simplesmente.

Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.

Primeiro tirou a máscara:

"Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade. Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto".

Então ela desfez-se da arrogância:

"Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."

Era o pudor sendo desabotoado:

"Eu beijo espelhos, abraço almofadas, faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento, e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes, como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou".

Retirava o medo:

"Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe, sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei".

Por fim, a última peça caía, deixando-a nua:

"Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim. A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito, que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil. Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto, e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui".

E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.

7 de set. de 2008

Se for sonho não me acorde...

Eu poderia ser mais feliz do que sou agora? Não... não senti isso em momento nenhum... em nenhuma Era... relâmpagos de felicidade sem fim... paixão minha, paixão dele... paixão... infinitude...

Não quero acordar... está bom demais... perfeito demais... me deixem hibernar para sempre nesse sonho... nessa pele... nesse cheiro... que continua mesmo depois que acordo...


Sim... aconteceu!!! Meu coração está vivo... e é real!!! Ou é sonho? Mas ele vive, bate, rodopia no ar... me enche de borboletas... ah... as borboletas de novo... que bom que elas continuam me presenteando com essa cócegas no meu estômago... que bom que elas continuam voando dentro de mim... dentro dele...


Perfeito demais! Por favor... não me acordem! Deixem acontecer! Eu não quero outra vida, eu não quero a coisa certa, os pingos nos “is”, o preto no branco, o bolo de noiva, a casa decorada... NÃO! Eu não quero! Eu quero é continuar sonhando... sempre que for possível sonhar, sempre que me deixarem sonhar... mesmo de vez em quando... o importante é que esse de vez em quando me provoca borboletas eternas! Não... eu não quero outra vida!


Ele veio... ele me leva para outro lugar... longe... livre... como a canção diz... diferente, semelhante, passageiro... mas sempre a espera de você!


Não importa esperar... eu não quero outra vida! Eu só quero que me deixem sonhar!


-----------------------------------

Comprei um livro da Martha Medeiros (estou adorando ela!) chamado Montanha-Russa... lindo... e tem uma crônica chamada “Borboletas”... imaginem se eu não adorei! Estou me tornando repetitiva... mas essas borboletas estão me fazendo um bem danado... então deixem-me repetir pra sempre! Logo colocarei essa crônica aí... mas hoje vai um texto que achei uma graça, da Adriana Falcão...


Solidão é uma ilha com saudade de barco.

Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.

Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer “eu deixo” é pouco.

Pouco é menos da metade.

Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.

Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.

Preocupação é um cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair do seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que deveria querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você um trailer de um filme que pode ser que nem exista.

Renúncia é um não que não queria ser ele.

Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.

Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.

Vergonha é um pano preto que você quer para se cobrir naquela hora.

Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.

Ansiedade é quando sempre faltam cinco minutos para o que quer que seja.

Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada em especial.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta o seu coração.

Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro...

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta para os outros.

Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.

Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.

Culpa é quando você cisma que poderia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.

Perdão é quando o Natal acontece em outra época do ano.

Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.

Excitação é quando os beijos estão desatinados para sair de sua boca depressa.

Desatino é um desataque de prudência.

Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato.

Emoção é um tango que ainda não foi feito.

Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Desejo é uma boca com sede.

Paixão é quando, apesar da palavra “perigo”, o desejo chega e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero...
também não. É um “desadoro”... uma batelada? Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor não sei explicar...

Adriana Falcão

20 de ago. de 2008

Butterflies in my stomach


Onde estão as borboletas?

Estão no arrepio na espinha?

Estão nos desejos, na espera, na angústia, na alegria sem fim, no sorriso, na vontade louca de dançar e sair rodopiando?

Estão nos olhares de censura? Que talvez estejam só na minha cabeça? Ou estão nos olhares trocados de canto de olho, que ninguém vê?

Estão nas loucuras, no beijo roubado e proibido?

Estão nas falas, nas entrelinhas?

Estão nos toques de mão por baixo do espelho? Nas palavras de uma vida escrita em algumas páginas?

Mas por que elas não estão em todos os lugares?

Por que não estão no olhar certo? No certo... no que tem futuro?

Por que elas aparecem quando aparece o errado? Na finitude daquilo que acaba mais cedo ou tarde?

No entanto, eu quero as borboletas... batendo suas asas e gerando o caos...

Mesmo com toda a espera, com todo o errado... mesmo que venham também as lagartas... ah... eu quero as borboletas!

Não importam suas finitudes... não importam que suas asas, cedo ou tarde, pararão de bater... ah... eu quero!

Eu quero o cheiro de pipoca... eu quero a dor de barriga... eu quero a cor do céu... estrelado, sem nuvens... eu quero a cor da manhã...

Eu quero a manhã mais feliz!

Quero o drama, a mentira, o ciúme, a comédia... ah... as borboletas!

Borboletas que revoavam pelo meu estômago, sobem pela garganta, passeiam em meus ouvidos, rodopiam dentro de mim... cada bater de asas são milhões de dúvidas, receios, encrencas, loucuras... mas quem é que quer a certeza, a razão, o correto, o dia a dia sem tirar nem pôr? Até que ponto vale a pena dedetizar as borboletas?

Até que ponto vale a pena encarar o mundo, fazer as escolhas certas (certas???) e ir matando as borboletas pelo caminho?

O seguro... as certezas... o futuro... tudo isso contra as borboletas...

Demorei tanto para sentir borboletas novamente... para trilhar esse caminho cheio de borboletas... que hoje não imagino a vida sem elas. Ah... eu realmente quero as borboletas!
...................


Para finalizar... segue um texto lindo do Luís Fernando Veríssimo, que tem tudo a ver com minhas borboletas...

A Pessoa Errada
Luís Fernando Veríssimo


Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que, se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho
Chega na hora certa,
Fala as coisas certas,
Faz as coisas certas,
Mas nem sempre a gente está precisando das coisas certas
Aí é a hora de procurar a pessoa errada
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras
Perder a hora
Morrer de amor
A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira
A pessoa errada é, na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos pedindo seu perdão
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% da vida dela esperando você
Vai estar o tempo todo pensando em você
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo
Porque a vida não é certa
Nada aqui é certo
O que é certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando, agindo, querendo, conseguindo
E só assim é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: “Graças à Deus deu certo”
Quando na verdade
Tudo o que Ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Para que as coisas comecem realmente a funcionar direito pra gente
Nossa missão:
Compreender o Universo de cada ser humano,
Respeitar as diferenças,
Brindar as descobertas,
Buscar a evolução.
Quando a gente acha que tem todas as respostas,
Vem a vida e muda todas as perguntas...

14 de ago. de 2008

Chico escreve com seus vários “eus”... por que eu não posso?

Devido à série de perguntas que me fizeram sobre o post anterior e às dúvidas que plantei na mente de muitas pessoas (se eu estivesse no bloglog da Globo.com, essa semana teria chegado ao topo do ranking... encostando em Marcos Mion...), respondo:

1 - Não... eu não estou namorando
2 - Não... eu não faço desse blog um diário virtual (só às vezes...)
3 - Sim... eu posso escrever sobre fatos inventados, que não aconteceram além da minha imaginação...

Semana passada eu estava na aula de História da Ciência, com meus queridos e amados bichos-grilos da USP, e o professor entendeu que todos ali eram super hiper mega fluentes em inglês... está certo que isso era pré-requisito para o curso, mas... bem, ele passou um vídeo sobre os grandes acontecimentos científicos de todos os tempos EM INGLÊS, SEM LEGENDA NENHUMA... pára tudo! Eu até consigo assistir a um filme em inglês, perco uma coisa ou outra e tudo bem... mas com sono, com fome e filme com cara de National Geographic... sem chance... minha concentração evaporou... nesse momento de descontrole mental total, nasceu o post abaixo...

Se é possível acreditar nisso ou não, cada um com seu cada um... nem eu mesma me convenço dessa explicação... mas não deixa de ser uma explicação.

No entanto, para quem quiser realmente saber quem eu sou, não saberá pela minha boca, nem pela boca de Clarice Lispector, que normalmente fala por mim... saberá por Martha Medeiros...

Martha Medeiros é uma escritora contemporânea, gaúcha (tudo que vem do Rio Grande do Sul é fantástico mesmo!), que escreve com o coração de uma mulher... uma mulher dos tempos atuais, com toda essa porcaria de feminismo que acabou conosco (essa comentário explicarei em outro post... numa outra oportunidade...)

Esse texto dela que transcrevo abaixo diz tudo de mim... quem sabe um dia alguém entenda e seja capaz de atingir o oásis que eu sou!


Eu, Modo de Usar
Martha Medeiros

Pode invadir ou chegar com delicadeza,
mas não tão devagar que me faça dormir.
Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar.
Acordo pela manhã com ótimo humor mas...
permita que eu escove os dentes primeiro.
Toque muito em mim, principalmente nos cabelos
e minta sobre minha nocauteante beleza.

Tenha vida própria, me faça sentir saudades,
conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas
e nem seja preconceituoso,
não perca tempo cultivando este tipo de herança de seus pais.
Viaje antes de me conhecer,
sofra antes de mim para reconhecer-me um porto,
um albergue da juventude.

Eu saio em conta, você não gastará muito comigo.
Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras,
elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro, me deixe sozinha, só volte quando eu chamar e,
não me obedeça sempre, que eu também gosto de ser contrariada.
(Então fique comigo quando eu chorar, combinado?)

Seja mais forte do que eu e menos altruísta!
Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça,
gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço.
Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto:
boca, cabelos, os pêlos do peito e um joelho esfolado,
você tem que se esfolar às vezes, mesmo na sua idade.

Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.
Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos.
Seja um pouco caseiro e um pouco da vida,
não de boate que isso é coisa de gente triste.
Não seja escravo da televisão, nem xiita contra.
Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai.
Escolha um papel para você que ainda não
tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês, mas me faça uma louca boa,
uma louca que ache graça em tudo que rime com louca:
loba, boba, rouca, boca...
Goste de música e de sexo. Goste de um esporte não muito banal.
Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra missa,
apresentar sua família... isso a gente vê depois... se calhar...
deixe eu dirigir o seu carro, que você adora.

Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres,
tenha amigos e digam muitas bobagens juntos.
Não me conte seus segredos... me faça massagem nas costas.
Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções.
Me rapte!

Se nada disso funcionar... experimente me amar!!!



P.S. - Aviso aos navegantes... estou sem net em casa - temporariamente... meu aparelho receptor do sinal está com problemas... até o técnico arrumar sabe-se lá quanto tempo ainda vai demorar... mas eu volto... um dia eu volto!

6 de ago. de 2008

Preenchida


Embriões de todos os tipos passavam na tela à minha frente, mas só conseguia pensar num determinado pescoço... quando fecho os olhos, é aquele pescoço que vejo...


Quem me dera todas as minhas segundas-feiras fossem estreladas, como foi a última... com cheiros e gostos de café da manhã fresquinho...


Quem me dera ser acordada todos os dias por um feixe de luz de segunda-feira...


Quem me dera minhas manhãs vazias fossem todas assim preenchidas...


Não sei se foi o eclipse de 1º de agosto... não sei se foi o floral... só sei que agosto já está sendo melhor do que julho... agosto já amanheceu uma segunda-feira estrelada... estrelada como Brasília...


Ainda não aprendi a jogar... ainda não descobri onde deixei meus finais de semana... mas minhas segundas estão compensando todo o resto e deixando minhas terças, minhas quartas e todos os outros dias com sorrisos sem fim, olhares sem fim... preenchendo sem fim...



Amado
Vanessa da Mata

Como pode ser gostar de alguém

E esse tal alguém não ser seu

Fico desejando nós gastando o mar

Pôr-do-sol, postal, mais ninguém


Peço tanto a Deus

Para esquecer

Mas só de pedir me lembro

Minha linda flor

Meu jasmim será

Meus melhores beijos serão seus


Sinto que você é ligado a mim

Sempre que estou indo, volto atrás

Estou entregue a ponto de estar sempre só

Esperando um sim ou nunca mais


É tanta graça lá fora passa

O tempo sem você

Mas pode sim

Ser sim amado e tudo acontecer


Sinto absoluto o dom de existir,

Não há solidão, nem pena

Nessa doação, milagres do amor

Sinto uma extensão divina


É tanta graça lá fora passa

O tempo sem você

Mas pode sim

Ser sim amado e tudo acontecer


Quero dançar com você

Dançar com você

Quero dançar com você

Dançar com você

29 de jul. de 2008

Em que estrada deixei meus finais de semana?


Há sextas que parecem que vão explodir em alegria... mas acabam se transformando em segundas cinzentas...

Há segundas com cara de fim de noite no domingo... mas acabam se transformando, milagrosamente, em finais de semana estrelados... essas segundas acabam se perpetuando em terças... em quartas...

Papo estranho, não é?! Na verdade, meus dias têm sido todos com cara de segunda... sem finais de semana estrelados...

O fato é que não tenho motivos para não ser feliz... para não ter finais de semana estrelados... tenho uma carreira em ascensão, adoro meu trabalho, faço aquilo que sonhei fazer e me dá muito prazer... poucas pessoas têm essa bênção...

Vou voltar a estudar – algo que adoro fazer também – e vou estudar na USP, algo que sempre imaginei (hoje não entendo muito bem esse meu sonho, mas vamos realizá-lo!)... estou feliz demais com a minha escolha, com meus projetos... estou feliz por estar falando inglês absurdamente... por ter conseguido destravar minha língua...

Estou feliz comigo mesma... consegui atingir a meta que me propus... perdi seis quilos... e não engordei mais... estou na academia... estou cuidando da minha saúde como deve ser... e estou recebendo o feedback por tudo isso... muitos elogios!

Enfim... tenho todos os motivos para me orgulhar de mim, para ser plenamente feliz...

Mas esse Muro de Berlim dentro de mim insiste em ficar em pé... e especialmente hoje está doendo homericamente.

Algo lembrou minha infância... minha casa... a mesma e única casa... meu quintal, de onde posso ver o pôr-do-sol... onde sentei tantas vezes e olhei o vazio... e compus minhas teorias crentes e descrentes que ficaram naquelas gramas...

Mas continua doendo... continuo sendo só eu... continua um apartamento pequeno que não acaba mais.

As ruas continuam me levando... continuam sem sentido... continuo tecendo teorias que nunca saem do meu cérebro... nunca passam para o papel... e se perdem... agora no asfalto...

E continuo sem esse botão de “off”... assim não desligo minha mente e minha boca jamais... e o filtro, que de vez em quando funcionava, com um curto-circuito, agora não tem mais conserto...

Minhas tardes continuam vazias... sem fantasia... mas sinto o cheiro de pele... sinto os gostos... sem poder desfrutar... eu, que sempre quis, mas não consigo jogar... não aprendi a blefar, não aprendi a brincar de esconde-esconde... não sei ganhar a vida na maracutaia...

Mas agora, a luz está se apagando e penso em ir dormir... só para colocar meu cérebro mais um pouco para funcionar... só mais um pouco...


“Eu quero a sina de um artista de cinema
Eu quero a cena onde eu possa brilhar
Um brilho intenso, um desejo, eu quero um beijo
Um beijo imenso onde eu possa me afogar

Eu quero ser o matador das cinco estrelas
Eu quero ser o Bruce Lee do Maranhão
A patativa do Norte, eu quero a sorte
Eu quero a sorte de um chofer de caminhão

Pra me danar por essa estrada mundo afora, ir embora
Sem sair do meu lugar
Pra me danar por essa estrada mundo afora, ir embora
Sem sair do meu lugar

Ser o primeiro, ser um rei, eu quero um sonho
Moça donzela, mulher dama, ilusão
Na minha vida tudo vira brincadeira
A matinê é verdadeira, domingo e televisão

Eu quero um beijo de cinema americano
Fechar os olhos, fugir do perigo
Matar bandido e prender ladrão
A minha vida vai virar novela

Eu quero amor, eu quero amar,
eu quero o amor de Lisbela
eu quero o mar e o sertão"

Do filme "Lisbela e o Prisioneiro"

19 de jul. de 2008

O fim de um enorme preconceito

Semana passada eu fiz um curso de Redação Criativa com vários jornalistas que acabaram com o meu preconceito contra esses “seres”... apesar de fazer parte deles. Explico: na faculdade, percebi que muitos jornalistas podem ser pretensiosos a ponto de se acharem experts em todos os assuntos, principalmente arte... cultura... mas não qualquer arte. Tem que ser filme Cult, estrangeiro... tem que ser arte que reles seres mortais não compreendem...

Pois bem... esse pessoal minou tudo isso... porque era uma galera muito legal, que passam pelos problemas do pós formatura ou quase formatura... passam pelos problemas do mercado de trabalho desumano... pelas dúvidas, decepções e, claro, mesmo assim, amam ser jornalistas. Como disse a nossa professora Monica Martinez, não tem profissão no mundo onde os profissionais têm mais prazer em ser o que são do que no Jornalismo.

Disso tudo nasceu o blog Redação Criativa, onde a galera do curso vai postar seus textos... nossas primeiras postagens foram os perfis que fizemos de cada um no curso... em dupla, cada um escreveu o perfil do colega... e o Fábio Bezerra (vocês ainda vão ouvir falar dele!) escreveu o meu... ADOREI... e resolvi postar aqui para vocês me verem sob a ótica de outra pessoa. Aí vai...

Perfil de Francine Altheman por Fábio Bezerra

Coração Valente


Conheci Francine Altheman durante o curso de redação criativa, talvez, se tivéssemos nos conhecidos num bar, eu teria oferecido um drinque e falado algumas bobagens, pois a moça tem uma atraente beleza espanhola, fada tatuada nas costas, cabelos pretos e brilhantes como aquelas mulheres que fazem comercial de shampoo.

Francine é descendente de italiano por parte da mãe e de alemão pelo lado paterno. Os pais separaram quando tinha dois anos. A pequena viu o pai sair pelo portão de casa e não voltar mais. Imagem que marcou a infância.

Desde cedo percebeu que a vida não é uma propaganda de margarina, um desfile de escola de samba, uma passarela com tapete vermelho estendido, nem muito menos um passeio entre campos ciprestes... a vida é dura, áspera e acre, mas para pessoas determinadas, tais dissabores são jogados para escanteio.

A coragem é uma das mais nobres virtudes do ser humano, e no caso da Francine, é marca registrada. A determinação sempre a levou para onde navegavam seus sonhos.
Natural de Sorocaba decidiu fazer faculdade de jornalismo em Bauru. Quatro anos depois voltou para cidade natal com o diploma embaixo do braço. Como não vislumbrava espaço onde pudesse florescer o aprendizado de jornalista, estudou, ralou, prestou concurso para trabalhar na assessoria de imprensa num órgão público de São Paulo. Passou, fez as malas e mudou para terra da garoa.

Hoje mora na arborizada Alameda Jaú, paralela a Avenida Paulista, num dos bairros mais requintados da Paulicéia Desvairada. Espero encontrá-la novamente, quem sabe num bar, quando eu estiver com um copo de cerveja e algumas letras do Chico Buarque na cabeça.


Não ficou bom demais? Quero rever esse pessoal de novo... com certeza!

Logo começo outra empreitada... espero que outro preconceito se dissipe... começo a cursar a pós-graduação em Jornalismo Científico na USP. Vou estudar na USP finalmente... e abrir minha mente para algo que jamais pensei em fazer... CIÊNCIA! Recebi boas influências nisso...


Bem... essa semana fui assistir à peça “Cada um com seus pobrema”, do Marcelo Médici... muito boa! Excelente! Chorei de rir do começo ao fim... ele faz o tipo de humor que eu gosto... humor negro! Tira sarro de sua própria falta de sorte... de seus próprios problemas... ou pobremas... “Eu quero mais pra vocês... eu quero mais é que vocês se fodam!”... hahahahaha...

Todos os personagens são demais... mas a Smurfete, que foi abusada por todos os Smurfes, inclusive o papai Smurfe... e agora, desempregada, divide uma kit com a Betty Boop, ambas alcoólatras... é impagável...

E a tia Penha, claro... apresentadora de programa infantil, que odeia mentira, odeia criança e fuma feito chaminé no palco... para ficar calma... é demais... entre outros... no próximo post eu conto mais.

9 de jul. de 2008

É o fim da Revolução Boêmia!


Você gosta de tomar umas cervejinhas com os amigos naquele Happy Hour depois de um dia estressante? Você é daqueles que não resiste a uma caipirinha no churrasco de domingo (com vodka, please!)? Você não consegue relaxar na balada sem tomar aquela dose de Jack Daniels (com água de coco)? Amigo, assim como eu, você acaba de ser enquadrado nas categorias “meliante”, bandido, réu, condenado! Valeu Temporão!!! A Lei Seca nos transformou todos em bandido!

O que seria da Revolução Boêmia, da Bossa Nova, de Chico, do rock´n´roll sem as “biritas”??? Entendo que muitos acidentes aconteceram por causa da bebida... e a punição foi branda, devemos dizer... mas transformar gente de bem, trabalhadores, em bandidos porque tomam umas a mais, ou transformar todos nós em prisioneiros, já que a maioria se recusa a sair sem beber, é exagero... é demais... é o fim dos tempos!

Nenhuma multa nesse país é criada por acaso... nenhuma multa nesse país é criada sem que “alguns” levem o seu cash com isso... e nenhuma blitz jamais foi algo tranqüilo e pacífico... o mais engraçado é que nenhuma blitz jamais prendeu um traficante tipo Fernandinho Beira-Mar, ou um assassino fugitivo, ou um Daniel Dantas (não o ator, claro!), ou um Paulo Maluf... blitz só serve para encher o saco de pessoas de bem, atrapalhar o trânsito e fazer o ego dos PMs inflarem ao tratar as pessoas como “meliantes”, mostrando toda a sua superioridade... gostaria de ver essa superioridade num morro do Rio, enfrentando o tráfico de perto...

Para mim ainda é mais ridículo ver a mídia toda aplaudindo e reiterando toda essa palhaçada. Mostrando como diminuiu o número de acidentes nos últimos dias, como diminuiu a incidência de mortes no trânsito... tenho vontade de vomitar... primeiro, julho é um mês tradicionalmente com diminuição de acidentes de trânsito, devido às férias escolares, muita gente fora das grandes cidades, etc, etc... além disso, é óbvio que diminuíram os acidentes... ninguém mais sai de casa!!!!! Eu prefiro nem sair se for para não beber!

Parabéns Temporão!!! Leis como essa são aprovadas rapidamente. Enquanto isso continuam matando bebês em hospitais públicos, continua faltando médicos em hospitais... e continuam pagando R$ 6,50 aos profissionais da saúde por um atendimento no SUS. Você acredita que será bem-atendido por um médico que está recebendo essa ridícula quantia, que sequer paga a formação dos profissionais? Mas a multa para quem for pego dirigindo com um mísero copo de cerveja no fígado é de mais de R$ 900!!!!!!! Absurdos têm limite! Não no Brasil!

E é ótimo continuar andando pelas ruas em segurança, confiante em nossa polícia... que coloca todo o seu contingente em blitz que pretendem “fragrar” o meliante de bem, que comentem equívocos que matam uma criança de oito anos... é bom saber que vivemos num país justo, que está tentando conter os crimes de trânsito! Excelente!!!!

Parabéns Temporão! O Congresso continua a serviço de quem continua embolsando os nossos salários!

E vou citar aqui Bruno Mazzeo, que num momento de mágica inspiração disse que se nós não podemos dirigir bêbados, por que o Lula continua a dirigir o país???




Juro que tentei fazer um post mais light dessa vez, mas anda difícil, viu!




But you won't fool the Children of the Revolution
No you won't fool the Children of the Revolution
No, no...