22 de nov. de 2008

A “minha” história da USP


Amanhã acontece o maior vestibular do Brasil, o temido vestibular da Fuvest. Eu passei tanto tempo vivendo em função desse momento, que não posso deixar de sentir uma nostalgia quando ouço notícias sobre a Fuvest.

De fato, meu sonho era estudar na Unicamp... sempre fiquei fascinada por essa Universidade tão ligada à pesquisa... mas na Unicamp não tem jornalismo e meu “dom” para ser jornalista era maior... então, virei uma neurótica estudante tentando entrar na USP...

No meu tempo (essa frase conota já uma certa velhice... hehehehe... mas nem faz tanto tempo assim...), a primeira fase da Fuvest acontecia em dois domingos... hoje um domingo só basta... no primeiro dia fazíamos as provas de Português (que eu sempre gabaritava), Inglês, Física (que sempre me danava) e Química. No segundo, fazíamos História (gabaritava também), Geografia, Matemática e Biologia... 80 questões por dia...

Bem, mas preciso contar a história da USP. Não... não sei a história de como a Universidade nasceu e se consolidou... a história que vou contar é sobre a minha “inserção” no Universo, que passa pela USP, quer eu queira ou não...

O Jornalismo veio antes da USP... Graças a Deus!!! Na verdade, já nasci jornalista e a USP já nasceu pra mim um sonho, uma meta. Nasci com todas as qualidades que me fazem comunicadora: apaixonada pelas palavras, pela escrita, tagarela, aprendi logo a falar... escritora, mal entrei na primeira série e já percebi como a dança das letras funcionavam para formar sílabas e estas formavam as palavras... (Nota: no meu tempo as crianças aprendiam a ler e escrever na primeira série e não na pré-escola, como ocorre hoje em dia...). Antes de terminar o ba-be-bi-bo-bu (pois é... eu aprendi na cartilha PIPOCA), eu já sabia o que aconteceria com todas as consoantes e vogais... entendi como funcionava...

Amando as palavras, foi um passo para amar os livros... o primeiro que li foi “Assassinato na Casa do Pastor”... ou algo do tipo... de Agatha Christie. Como minha mãe lia muito a “rainha do mistério”, peguei um desses livros que ela deixou a toa no quarto... e foi uma viagem incrível... não entendi quase nada da história, afinal eu só tinha 7 anos, mas soube que jamais seria a mesma...

Ainda hoje eu me emociono em bibliotecas e livrarias, porque só um pôr-do-sol de mãos dadas pode ser mais tocante para a alma do que todos aqueles livros, fonte de conhecimento, enfileirados...

Bem, começar a escrever freneticamente foi fácil... e daí comecei a ganhar concursos de redação, inclusive um estadual, quando estava na 4ª série. Apesar de achar que minhas histórias não tinham nada demais, derrotei cerca de 3 mil estudantes com minhas escritas. E os professores e diretores passaram a dizer que eu nascera para ser jornalista, porque além de escrever bem, eu tinha um espírito contestador e questionador... eu sabia analisar as situações... observava e agia sempre...

Mesmo assim, eu ainda achava o jornalismo um tanto estranho... “ir para a guerra, para o meio do fogo cruzado, lidar com bandidos, correr riscos... sei não...” Pensei em fazer Letras, Direito... mas a paixão não tem jeito... acontece!

Apaixonei quando fiz um jornal experimental no colégio e nunca mais larguei esse mundo, vasto mundo! E cadê a USP nessa história?

A USP me escolheu para ser sua escrava... não me lembro onde, como, por que ouvi esse nome pela primeira vez, mas para mim faculdade de jornalismo virou sinônimo de ECA, a Escola de Comunicação e Artes da USP. E vestibular era Fuvest...

Coloquei três anos de estudo em prol desse objetivo e, apesar de passar na Unesp anos seguidos, desistia para tentar USP mais um ano... e nada! A ansiedade, a baixa auto-estima, a pressão de todos dizendo “você é muito inteligente, tenho certeza de que vai passar!” e a decepção quando eu não conseguia, o medo, o meu passado (sempre assombrando), tudo isso, me fazia paralisar na prova, a ponto de não conseguir o óbvio... é certo que fazer aquela prova de Física e Química da Fuvest era desumano e cruel... mas eu teria feito muito melhor se não fosse meu abalo emocional da época...

Bem, me conformei com a Unesp... Bauru... 4 anos. Mas o fardo da USP me acompanhou... eu sonhava com a ECA... Um dia, num Congresso da FFLCH, fui visitar a ECA... tive vontade de chorar de desgosto! Um lugar horrível, sujo, que passa um má impressão... cheio de bichos grilos... uspianos donos de conhecimento que ninguém mais tem... COMUNICAÇÃO!!!! Cadê???

Mesmo assim, ainda tinha o sonho... esse ano resolvi fazer pós-graduação e tinha que ser na USP... vamos lá, realizar o sonho! No dia da matrícula foi cômico... procurei pelo anexo 10 da ECA, onde deveria estar a secretaria do curso, e achei uma pedra, um boteco e mato, tanto mato que dá para desovar um corpo e jamais ser encontrado (prestem atenção, homicidas!). Olhei ao redor da pedra e achei que poderia haver uma passagem secreta, um botão que apertado abriria a caverna do Batman... fui perguntar no boteco, onde parte dos atendentes fritavam calabresa, o que impregnava o ambiente acadêmico com o cheiro de mercadão, e outra parte jogava bilhar. Descobri que era ali, ali mesmo, o anexo 10. Olha só! Original... calabresa, bilhar, Xerox e secretaria da pós... viva o socialismo!

Mas nada se compara às aulas, uma bagunça, e os alunos, pseudo intelectuais que se masturbam o tempo todo pensando “eu sou uspiano, o ser mais inteligente do planeta. E não sei me relacionar com os outros, porque sou bom demais”. Na teoria, eles são really, really good! But... saindo dos muros da Cidade Universitária para o mundo capitalista burguês cruel, eles são como seres humanos no mundo dos tiranossauros Rex... poor guys!

Assim, não sei de onde eu tirei esse sonho estapafúrdio de estudar na USP... eita desejo mais imbecil! Enfim... mundo, eu estou lá, eu posso, e sou parte... sou melhor, na verdade... uma mistura perfeita (como caipirinha) da nerd, inteligente, intelectual, que ama os livros, mas sem deixar de ser a little fútil, vaidosa, feminina, amante de revistas de beleza, feliz, de vez em quando bebum, mas sempre uma ótima companhia, tanto para o seu grupo de estudos quanto para aquela balada com muita música boa... ou ainda para aquele churras! Alguém aí me convida?

Flavinha... boa sorte nessa sua fase “vestibular”... e lembre-se: o destino é caprichoso, mas ele costuma acertar!

8 de nov. de 2008

Ser feliz sempre... porque eu sou “muito”!


A linda vista da cidade de São Paulo... confesso que adoro essa cidade...

Faz tempo que não passo por aqui, né?! Mas tenho bons motivos... primeiro, para variar, estou trabalhando muito... mas também estou estudando muito e indo muito à academia... ufa! Além disso, estou revisando o livro “O Engraxate que virou PhD”... guardem esse título, porque vai ser um sucesso! Não consigo parar de ler e a cada página que viro vem uma emoção, lágrimas, risos... um mix de sensações... ainda vou falar mais sobre esse livro... no momento certo.

Muito bem... fui ao Teatro... como é bom ir ao Teatro... me sinto renovada, com espírito leve... fui assistir à peça “Os Homens são de Marte... e é pra lá que eu vou”, com a Mônica Martelli. (clique e veja um pedacinho da peça no You Tube)... E me perguntava: “o que eu estou fazendo naquele palco???” Hahahahaha... a personagem da peça, Fernanda, era eu... com todas as neuras, florais, desejos, jornalismo, paixões, chocolates, gloss, vestidos beterraba, revistas e... “não era pra ser...” Chorei de rir... e percebi como meus pitis são comuns a muitas mulheres que, assim como eu, escolheram a felicidade espontânea... Sim, eu escalaria a montanha mais alta, com o meu melhor par de sapatos de salto, com o meu gloss da Lâncome, com a lingerie mais sexy (of course!) e com o meu sorriso mais bonito, se lá estivesse o meu amor!


E por falar em amor... ah! Minhas borboletas... elas continuam povoando meu estômago sempre... me pondo em estado de êxtase... sempre, sempre...!

Quando não está aqui, sinto sua falta, sinto falta de apenas olhar pra você... e basta fechar meus olhos para sentir seu cheiro... e basta olhar pra mim mesma para ver como sou melhor depois de você. E você nem faz idéia do quanto me faz feliz... se eu tivesse que subir a tal montanha aí de cima para encontrá-lo, eu subiria de bom grado...

"O bater de asas de uma borboleta em Tóquio pode provocar um ciclone tropical em Nova Iorque." – Teoria do Caos...


É esse furacão que eu sinto quando estou com você...

Mas... e sempre tem um “mas”... chega o momento de fazer escolhas... como sempre... e eu não tenho medo mesmo de fazê-las... de que adianta subir a montanha mais alta e fazer todos os sacrifícios pelo amor se o amor não me amar como eu mereço?!... e se não me amar, não me merece... mesmo!


Essa é a música para esse momento...

À Primeira Vista
(Letra: Chico César)

Quando não tinha nada eu quis
Quando tudo era ausência esperei
Quando tive frio tremi
Quando tive coragem liguei

Quando chegou carta abri
Quando ouvi Prince dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei

Quando me chamou eu vim
Quando dei por mim tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei