15 de nov. de 2011

Santaella e outras coisitas mais



Na última sexta-feira, o comentado 11.11.11, aconteceu o 7º Interprogramas de Mestrado da Cásper Líbero e rolaram apresentações bacanas, Lúcia Santaella encerrando o evento e, principalmente, um momento de reencontros dos mestrandos da Cásper e encontros com mestrandos de outras universidades.


Lúcia Santaella arrasou no encerramento. Mesmo não gostando nada de semiótica (eu confesso!), eu adorei a palestra dela. É certo que ela não falou sobre semiótica... falou sobre McLuhan e me fez gostar mais desse teórico que transformou as ideias sobre comunicação.


Mas antes de falar sobre Santaella, vou falar de mim. Minha apresentação. Estou orgulhosa. E vou correr o risco de ser um pouco arrogante, mas gostei do resultado desse artigo, desse trabalho para o Interprogramas e de minha apresentação. Sinto cada vez mais segurança para falar sobre Habermas e sua assustadora esfera pública e mais segura também para dar andamento na minha dissertação. É isso que move meu mundo ultimamente e é isso que me faz bem. Sim, o conhecimento é apaixonante e viciante. Pobre daquele que ainda não entendeu isso.

Bem, mas voltemos à Santaella. Suas sarcásticas considerações sobre as algemas da academia, da Capes, são um show a parte. Fora isso, guardei uma frase dela que penso que resume tudo... citando Umberto Eco, ela disse: “Na internet, vamos de Platão à salsicha em segundos”. Fantástico!

Santaella falou especialmente sobre McLuhan. Sua influência sobre o pensamento dela mesma e outros teóricos da comunicação na década de 60, quando o hit era a Escola de Frankfurt e o ídolo era Adorno. Realmente, e até hoje, Adorno e sua indústria cultural parecem ditar tudo o que vem depois na comunicação. Graduandos principalmente carregam tatuados em si mesmos os conceitos construídos pela Escola de Frankfurt e parece não existir mais nada além disso.

Aí surge McLuhan, com sua célebre idéia: o meio é a mensagem. Seguir McLuhan na década de 1950, 1960 era uma espécie de blasfêmia. Os meios de comunicação são extensões do homem. Não pretendo me estender aqui sobre McLuhan porque corro o risco de falar besteira. Não sou uma profunda conhecedora. Mas Santaella me deixou com bichinhos de vontades de conhecê-lo melhor. Assim que possível, vou ler McLuhan...

E para completar Santaella, achei super interessante quando ela falou sobre a revolução tecnológica “recente” que muda, de fato, o modo de pensar, o modo como o cérebro age, pensa, conhece... é para se pensar... nem a revolução de Guttenberg, nem a revolução industrial, nem o Iluminismo fizeram algo tão enlouquecedoramente revolucionário com o próprio cérebro humano. É realmente para se pensar...

“Os homens criam as ferramentas. As ferramentas recriam os homens”.
Marshall McLuhan

Um comentário:

Flávia Pregnolatto disse...

vamos de Platão a salsicha em segundos, foi ótimo! hahahahahaha