2 de set. de 2009

Viver até a última gota


Eu já disse essa frase aqui um zilhão de vezes... mas não custa ressaltar...

Não consigo entender vida morna, empurrando com a barriga, feijão com arroz, trivial... para mim, a vida tem que ter intensidade, paixão, calor... tem que ser feliz na plenitude...

Tem que ser acordar e achar o dia lindo, o sol mais brilhante... caçar um canto de passarinho... sorrir... e pensar, com a força de todo o seu ser... como vale a pena estar aqui...

Tem que ser uma música de Teatro Mágico... ou Chico Buarque... ou U2... ou Alanis... ou qualquer outra música que realmente invada seu coração...

Tem que sentir... em toda sua alma... borboletas devem sempre povoar o estômago... o frio na barriga deve sempre estar lá... junto com o cheiro de pipoca... de lavanda... de banho tomado...

O ar deve estar doce... o caminho, árduo... porque as pedras devem sempre estar lá... senão qual seria a graça?

As janelas devem sempre estar aberta... às vezes entram urubus... mas pássaros coloridos, cantarolando, felizes... em revoada... também vêm...

Eu nunca vou me conformar com o meio-termo... com a falta de paixão... eu não quero ser santa...

Eu quero me apaixonar... perdidamente... eu quero um beijo de cinema... eu quero mais é ver, sempre, o que está me chamando lá fora!

E... achei num caderno antigo coisas escritas que não sei de onde vieram... mas gostei... se não me engano, peguei num filme... e vai aí, com algumas adaptações... para mostrar que tenho também minhas dores... mas passo por cima delas em menos de 24 horas... porque não tenho tempo a perder...

“Eu sei o que é se sentir o ser mais insignificante, pequeno e patético da humanidade. O que é sentir dor em partes do corpo que nem sabia que existia. E de quantas vezes mudei de penteado, ou em quantas academias me registrei, ou quantos copos de Chardoney tomei com minhas amigas [muitas vezes sozinha mesmo].
Por que continuamos deitando todas as noites, repassando todos os detalhes e perguntando o que fiz de errado? Como pude ter interpretado mal? E como pude pensar que era tão feliz?
Às vezes, inclusive, cheguei a me convencer de que ele veria a luz e se apresentaria à minha porta.
E, depois de tudo isso, ainda que essa situação dure algum tempo, vou a um lugar novo e conheço pessoas que me fazem recuperar o amor próprio e vou recompondo a alma, pedaço por pedaço.
E toda essa época difusa, esses anos de vida que desperdicei, também terão desaparecido...”

2 comentários:

Ney_Katia_2006 disse...

Dessa vez foi fundo... como sempre MUITO BOM!!!

AIRTON disse...

Esta sim é a nossa anfitriã que esta de volta.
As pedras que se cuidem, daqui para frente vai ser só "momentos felizes".