9 de abr. de 2009

Eu acredito!!!

Acabou mais um BBB... e o Max ganhou (cantei essa bola logo que o programa começou, afinal é o estereótipo Rafinha, Alemão, garotão bonitão que ganha BBB). Pois é... quem sabe agora parem de dizer que sou a cara da Francine, a namoradinha do Max, minha xará, e que não tem nada a ver comigo... por favor!

Uma característica que me chamou a atenção no Max foi o grito de guerra “Eu acredito!!!”... meio Peter Pan, não é?! Eu acredito, acredito, acredito! Achei legal a sua postura, sem falso moralismo, falso jogador, falsa humildade... as pessoas precisam parar de achar que mostrar as qualidades, ter orgulho de si mesmo, bater no peito e dizer “eu gosto muito do que eu sou” é “nariz empinado”, metidez, ou coisa parecida... na verdade é ter auto-estima... e isso é fantástico! Cada um tem que gostar, e muito, daquilo que é, para conquistar o bem-querer dos outros. Tem que ser metido mesmo! Tem que gritar bem alto: eu sou muito bom!...

Quanto ao Peter Pan... eu acredito, acredito, acredito... essa frase do garoto que não cresce nunca é tão simples, como é uma criança, e diz tanto... eu tenho síndrome de Peter Pan, mas sei controlá-la... não ajo como criança o tempo todo... mas quando posso ser, me permito fazê-lo. Detesto gente que disfarça uma tristeza sem fim vivendo no jardim de infância... uma vida infeliz, mas vive rindo feito hiena, fazendo palhaçada como se fosse criança, como se fosse de verdade... é triste, é chato para quem está em volta, é deprimente... aí já é demais... e tudo que é demais enoja... embrulha...

Bem, e por falar em filme, vou falar de um, mas extremamente o extremo oposto do que estamos conversando, porque esse filme é chocante, forte, dói... nada a ver com Peter Pan... “Irreversível”, de Noe, com Mônica Bellucci... um filme francês (aliás, é lindo o sotaque do filme... ), que me deixou com gosto podre na boca. Apesar de a história ser uma angústia sem fim, o filme tem uma forma de produção diferente... a câmera parece ser uma só (e deve ser, não sei), que roda, vai e vem, e se mexe o tempo todo... ele tem mudanças temporais, mas parece que a câmera não cortou... muito interessante. Além de passar de trás pra frente... sabemos o final logo de cara...

A parte angustiante é daquelas de entrar cérebro adentro e não lhe fazer dormir... o que pode ser bom, sinal de que o filme causa alguma coisa... toda a história gira em torno de um estupro... a personagem de Mônica Bellucci, Alex, sai de uma festa depois de brigar com o namorado e atravessa um túnel, desses tipo de metrô que passam embaixo da rua... nesse momento, ela é atacada e estuprada por um homem, um cafetão... a cena é tão real e chocante, sem cortes, que chega a doer... ainda mais em nós mulheres...

Sempre pensei que seria mais fácil relaxar e manter a mente em outro lugar (feche os olhos e esteja em outro lugar...) em caso de estupro (péssimo pensar isso...). Só que depois de ver esse filme, especialmente a tal cena, tive a certeza de que seria impossível estar em qualquer outra parte que não fosse exatamente ali, com todo aquele nojo, dor, horror... juro que mataria um cara desses... sem superego nenhum que me segurasse...

A cena dura intermináveis 11 minutos... e nesse tempo todo, real e sem cortes, eu ficava pensando... “filho da puta, acaba logo com isso”... de fato, pensei em palavras piores, que não tenho coragem de replicar...

Tenho a sensação de que é a pior sensação do mundo... e ponto final!

 

Não vamos ficar pagando juros de um momento triste... vamos tentar terminar esse post com algo de bom... vamos pensar na beleza da vida... como Polyana, ou Peter Pan... porque nada nesse mundo se compara a um momento feliz... nada mesmo! "Eu acredito em fadas, acredito, acredito, acredito!"

 

Ah... Minha revista saiu... linda e azul!!! A revista mais linda e mais interessante do mundo... é... eu sou muito mais eu mesmo!!!

 

Senhas

Adriana Calcanhoto

Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu aguento até rigores
Eu não tenho pena dos traídos
Eu hospedo infratores e banidos
Eu respeito conveniências
Eu não ligo pra conchavos
Eu suporto aparências
Eu não gosto de maus tratos

Mas o que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu aguento até os modernos
E seus segundos cadernos
Eu aguento até os caretas
E suas verdades perfeitas

O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Eu não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu aguento até os estetas
Eu não julgo competência
Eu não ligo pra etiqueta
Eu aplaudo rebeldias
Eu respeito tiranias
E compreendo piedades
Eu não condeno mentiras
Eu não condeno vaidades

O que eu não gosto é do bom gosto
Eu não gosto de bom senso
Não, não gosto dos bons modos
Não gosto

Eu gosto dos que têm fome
Dos que morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem

Eu gosto dos que têm fome
E morrem de vontade
Dos que secam de desejo
Dos que ardem

 

Um comentário:

CINTIA disse...

Fiquei contente com a vitória do Max, porém ficaria feliz se qualquer um dos três ganhasse, afinal o lado B que ganhou...hehehe!!!!!
Você me conhece muito bem...e o comentário do embrulha...eu estou com você...o problema dessas pessoas é que não colocam em prática o que dizem...
Parabéns pela revista...e adivinha?? vou levar na minha viagem de páscoa... vou tentar prometo!

Feliz Páscoa!!!

Te adoro Amiga!!

Cintia