25 de jul. de 2010

Sorocabano não sabe se comportar em teatro


Estava no Teatro Municipal de Sorocaba para acompanhar a final do 5º Festival de Música da cidade... eram 12 finalistas e o nível estava muito bom... só não estava excelente porque a última música apresentada foi ridícula e não deveria estar na final. A letra era brega e cheia de lugar-comum (tipo amor-dor-flor). A intérprete não sabia se comportar no palco, cantou de perna aberta e sem postura. E não levou nenhum prêmio considerável...

Mas as outras foram show e qualquer uma que ganhasse estaria bem ganho... ganhou a música “Uma Flor”, de Nando Freitas... muito bonita e parecia apresentação do Oscar... tipo trilha sonora de filme da Disney. Mereceu!

A high society sorocabana estava lá, com exceção dos casais Cordeiro, por questões óbvias. Prefeito, secretários, figurões, figurinhas...

Mas, infelizmente, devo dizer que sorocabano não sabe se comportar em teatro... não entende a linguagem dos sinais sonoros, não sabe ficar sentado em seu lugar, não desliga o celular, come Cheetos durante a apresentação (a maldição do Elma Chips mais fedido do Universo!)...

Essa sina aconteça talvez porque Sorocaba não tem um teatro que se preze... raramente alguma peça interessante vem pra cidade. É triste isso! E o teatro municipal merecia uma reforma, porque aquilo não é poltrona decente. Qualquer criança que sente na sua frente atrapalha a visão... impossível! Aliás, criança mal educada deveria ser proibida em teatro! Ainda mais comendo Cheetos.

Bem... por hoje é só pessoal! Vou aproveitar minha última semana de férias para fechar a revista do Crefito-SP e terminar, finalmente, meu pré-projeto... ah... e estudar mais um pouco...

Uma Flor


Nada melhor do que guardar a dor dentro do peito
De outro jeito é pior
Nada melhor do que sentar no escuro sem ter medo
Só ter piedade e dó
Nada melhor do que chorar sozinho
Não enxugar meu rosto
Não ter que estar disposto a sorrir

Nada melhor do que esquecer aquela melodia
Que se sabia de cor
Nada melhor do que sentir na pele outra pele
Cheia de sal e suor
Nada melhor do que ganhar do tempo
Que não apaga o vício
Que faz do fim o início de outro fim

Nada melhor do que seguir em frente e a toda pressa
Mesmo se a festa acabou
Nada melhor do que calar a boca
Que já não tem seus beijos
Não diz coisa com coisa

Nada melhor que o amor
Que a gente enterra bem
E dele nasce uma flor


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